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Cairo, 19 jul (EFE).- O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas alertou nesta segunda-feira que a falta de doadores obrigou a suspender alguns de seus programas de assistência destinados à população iraquiana.
Em comunicado, a agência da ONU denunciou que seis meses após o Plano de Ação Humanitária do Iraque (IHAP, na sigla em inglês) ser colocado em andamento, eles só receberam 12% dos fundos necessários dos doadores, ou seja, US$ 22,3 milhões dos US$ 187,7 milhões requeridos.
Esta falta de financiamento já tem consequências reais para os setores mais vulneráveis da população iraquiana, advertiu o escritório da ONU.
O representante para o Iraque do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Edward Kallon, explicou na nota que “a distribuição de alimentos para 800 mil mulheres grávidas, lactantes e crianças desnutridas teve que ser suspensa”.
Segundo Kallon, a ausência de crédito também obrigou o cancelamento de um programa similar dirigido a 960 mil estudantes.
Além disso, 500 mil prejudicados pela seca nas províncias de Suleimaniya e Dahuk, no norte do Iraque, viram seus meios de subsistência ameaçados e começaram a se deslocar perante a falta de ajuda humanitária.
O plano de apoio para 22,5 mil famílias vítimas de deslocamentos internos, cujo objetivo era proporcionais refúgios de emergência, também terá que ser suspenso.
Segundo a ONU, milhares de famílias seguirão vivendo em condições meteorológicas extremas e ficarão vulneráveis a doenças devido ao saneamento e provisão de água precários graças a esse cancelamento.
A coordenadora humanitária para o Iraque, Christine McNab, fez uma chamada aos doadores “para que não renunciem a seu compromisso com o povo iraquiano e ajudem a melhorar o caminho para o futuro desenvolvimento do país”.
No princípio de 2010, oito agências da ONU, sete ONGs e a Organização Internacional de Migrações elaboraram o Plano de Ação Humanitária do Iraque para abordar as necessidades humanitárias das pessoas mais vulneráveis no país árabe.
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BAGDÁ, Iraque (Reuters) – Os iraquianos desejam que as Forças Armadas dos EUA se retirem do território deles.
Mas a data para que isso ocorra e a necessidade de haver ou não um cronograma para que os soldados saiam são coisas sobre as quais os iraquianos comuns, as autoridades da área de segurança e os políticos não conseguem chegar a um acordo.
As diferentes opiniões de 24 pessoas entrevistadas em todo o país refletem as dramáticas mudanças verificadas nos últimos meses, período durante o qual o nível de violência no Iraque caiu para o menor patamar dos últimos quatro anos.
As forças de segurança iraquianas, com o apoio dos militares dos EUA, realizaram grande operações em todo o território do Iraque para reprimir milícias xiitas e sunitas.
Isso deu aos iraquianos uma maior confiança em suas próprias forças. Outros insistem que o Exército e a polícia não conseguiriam agir sozinhos ainda e que uma retirada prematura das tropas norte-americanas abriria a porta para o tipo de onda de violência responsável por quase esfacelar o Iraque há pouco tempo.
Trata-se de um dilema que o candidato do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, enfrentará quando visitar o país árabe em breve. Obama promete retirar as tropas de combate norte-americanas dali nos primeiros 16 meses de seu governo.
“Fixar um cronograma ou realizar uma retirada apressada seria como cometer suicídio. Não acho que o Exército e a polícia iraquianos serão capazes de garantir a paz”, afirmou Muneer Abbas, um político da cidade de Basra (sul).
Ashraf Fawzi, estudante do ensino médio em Kirkuk (norte), discorda: “As forças norte-americanas precisam deixar o país de uma vez só, sem a estipulação de um cronograma. Eles trouxeram o sectarismo, algo sobre o qual nunca tínhamos ouvido falar antes. As forças de segurança iraquianas podem nos proteger.”
Na semana passada, o primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, sugeriu fixar um cronograma para a retirada das forças norte-americanas como parte de um acordo negociado atualmente com os EUA.
Esse acordo pretende determinar as regras a serem observadas pelas tropas estrangeiras em território iraquiano após expirar o atual mandato da Organização das Nações Unidas (ONU), no final do ano.
Não foram mencionadas datas, e as autoridades iraquianas passaram a usar a expressão mais genérica “horizonte de prazo” ao falar sobre uma futura retirada.
Apesar de o atual governo dos EUA, comandado pelo presidente George W. Bush, rejeitar a adoção de um cronograma rígido, uma autoridade norte-americana envolvida naquelas negociações disse à Reuters, nesta semana, que o futuro acordo de segurança incorporaria “metas” para a transição norte-americana e que essas metas “podem incluir datas.”