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As corporações – Idade Média julho 9, 2011

Posted by portaldoestudante in História.
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  Nas cidades medievais, as principais instituições econômicas eram as corporações de mercadores (ou guildas) e as corporações de ofício. Ambas buscavam monopolizar o mercado local, limitando a entrada de comerciantes estrangeiros (nos burgos) além de buscarem controlar o preço das mercadorias.

  As corporações, sob a influência da escolástica – cultura cristã da época – quase sempre condenavam a usura e o lucro (defendiam o preço justo – preço da matéria-prima + valor da mão-de-obra empregada). Note-se que ainda no fim da Idade Média, mesmo com o progressivo desenvolvimento do comércio, as principais instituições econômicas baseavam-se em uma concepção eminentemente feudal: limitadora do lucro e imposta pela Igreja.

  À medida em que desenvolvia-se o comércio e crescia-se as corporações, passou a haver um processo de concentração de riqueza. Nas corporações (formada por mestres, companheiros ou oficiais e aprendizes) cada vez menos via-se qualquer tipo de mobilidade social. Isto é, a riqueza passara a se concentrar nas mãos daqueles que lideravam as corporações: os mestres e suas famílias. É por esse motivo, que no fim da Idade Média, observamos o surgimento de famílias extremamente ricas e poderosas, tais como os Médicis e os Sforza, na Itália. Por outro lado, os subalternos nas corporações dificilmente tornavam-se mestres e viam-se obrigados a serem empregados por toda a vida.