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Baixa Idade Média – Renascimento Urbano julho 9, 2011

Posted by portaldoestudante in História.
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  Como consequência imediata da revolução comercial, a vida no feudalismo foi progressivamente tornando-se urbana. Os feudos foram transformando-se em burgos, verdadeiras fortalezas, pólos comerciais, símbolos de uma nova sociedade, onde o caráter estamental vinha dando lugar a estrutura de classes.

  O Renascimento Urbano caracteriza-se justamente por essa mudança na estrutura social. Uma sociedade que antes era estritamente agrária e estamental vinha paulatinamente se transformando em urbana, sob a égide do comércio e da mobilidade social. Contudo, como, inicialmente, as cidades se constituíam no interior dos feudos, os comerciantes viam-se submetidos ao jugo dos senhores feudais, tendo, portanto, que pagar-lhes impostos. Isso, por sua vez, dificultava o crescimento do comércio, uma vez que elevava os custos. Assim, inicia-se o movimento comunal, uma tentativa dos burgueses, entre os séculos XI e XIII, de emanciparem os burgos da tutela feudal.

  As cidades que se emancipavam procuravam assegurar seus direitos mediante as cartas de franquia. Tais cartas davam autonomia aos comerciantes na gestão da cidade, garantindo-lhes a possibilidade de arrecadar impostos e usá-los em prol da cidade, autonomia administrativa e judiciária, além da formação de uma milícia.

Baixa Idade Média – O renascimento Comercial julho 8, 2011

Posted by portaldoestudante in História.
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  As cidade italianas foram as principais beneficiadas com a retomada do comércio entre oriente e ocidente a partir da reabertura do mar Mediterrâneo. A posição geográfica privilegiada garantiu aos comerciantes italianos a primazia na distribução das mercadorias orientais na Europa.

  Os comerciantes se reuniam nas feiras, pontos de comércio temporário onde aconteciam a negociação de mercadorias. Entre os séculos XIII e XIV, a principal feira ocorria em Champanhe, na França. O retorno das transações financeiras resultou no reaparecimento da moeda, no impulso à atividade creditícia e na criação das letras de câmbio, iniciando a atividade bancária. A economia europeia passa do amonetarismo, presente no feudalismo, para o monetarismo, inclusive com a existência de diversos tipos de moedas. Nesse contexto, a terra deixa de constituir a única expressão de riqueza e a sociedade é cadas vez menos estamental (sociedade estamental – que não prevê mobilidade social). Deflagra-se o surgimento de uma nova classe social, que iria conduzir o progresso do mundo dali em diante: a burguesia.

  No século XIV, a feira de Champanhe entra em crise, em função da Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453) entre França e Inglaterra e da peste negra (ou bulbônica), que havia se disseminado naquela região. Outra feira ganha destaque: Flandres, na Bélgica. No entanto, para chegar em Flandres os mercadores tinham de passar dentro da propriedade de senhores feudais, tendo que lhes pagar uma determinada quantia, o que tornava caro a viagem. Por esse motivo, os italianos adotaram uma nova rota comercial. Navegando pelo atlântico, passando pela Ibéria, chegavam à Flandres. Tal rota acabou por beneficiar o comércio na Ibéria, sobretudo em Portugal, visto que os navegadores lá paravam para se reabastecerem (isso foi importante na acumulação de recursos por Portugal que resultou, mais tarde, no processo de expansão marítima).

 

Renascimento Cultural maio 12, 2009

Posted by portaldoestudante in História.
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O surgimento do capitalismo comercial, a partir do século XVI, na Europa, com a reabertura dos mares Mediterrâneo, Báltico e do Norte implicaram em transformações substanciais em todas as esferas da sociedade, sobretudo cultural. Primeiro grande movimento cultural burguês, o Renascimento valorizava uma cultura laica (não-eclesiástica) e racional. Embora tentasse romper com as concepções católico-feudal, as vezes confundiam-se ou mesclavam-se  os novos valores burgueses e os antigos preceitos eclesiásticos, evidenciando o caráter transitório do movimento (transição do feudalismo para o capitalismo).

Os renascentistas buscavam subsídios na cultura Greco-Romana, característica marcante do Renascimento Cultural, denominada Classicismo. Embora negassem os valores medievais e valorizassem a cultura clássica, não se pode considerar o Renascimento como um renascer cultural propriamente dito, como se antes, na Idade Média, não houvesse cultura. O Renascimento foi a retomada de valores da Antiguidade Clássica úteis a vida burguesa. Dessa forma buscou-se o antropocentrismo (o homem no centro do universo), o humanismo (valorização do homem), o hedonismo (valorização dos prazeres terrenos) e o naturalismo (representação e estudo da natureza humana na literatura, nas artes e nas ciências).

Alguns renascentistas consideravam a Idade Média como um período de trevas, de morte cultural. No entanto, isso não é verdade, na medida em que na era medieval surgiram as universidades e a arte gótica.

A Renascimento tem início a partir do momento em que se reinicia a comercialização no mar Mediterrâneo, do Norte e Báltico, com as Cruzadas. O renascer comercial e urbano, principalmente na Itália, dada a proximidade desse país com o Mediterrâneo, fez surgir uma nova classe social: a burguesia. Juntamente com a ascensão econômica burguesa novos valores emergiam, condizentes com o caráter mercantil dessa nova classe social. Daí o ambiente propício ao desenvolvimento do Renascimento Cultural. Além disso, haviam os mecenas, ricos burgueses patrocinadores das artes em geral. Buscavam, além do engrandecimento pessoal, vantagens econômicas e culturais.

O Renascimento foi um movimento de grande valor cultural, pois retirou o monopólio da explicação das coisas do mundo da Igreja Católica. Incentivava-se a crítica, o racionalismo e o empirismo (realização de experiências para se comprovar hipóteses científicas). Substituíam a fé pela razão, a Igreja pela ciência.

O Renascimento Cultural representou um abalo nas barreiras ao progresso científico a tal ponto de elas não mais representarem um entrave ao seu crescimento.